QUARTA APARIÇÃO

No dia 13 de agosto de 1917, uma grande multidão reuniu-se na Cova da Iria à espera dos pastorinhos. No entanto, Lúcia, Francisco e Jacinta não puderam comparecer, pois haviam sido levados à força pelo administrador local para interrogatório. O objetivo era fazê-los negar as aparições, mas as crianças permaneceram firmes em sua fé.
Devido a essa interrupção, Nossa Senhora apareceu às crianças alguns dias depois, em 19 de agosto, enquanto elas estavam no lugar chamado Valinhos. Ao vê-la, Lúcia perguntou:
— Senhora, o que deseja de nós?
— Quero que continueis a ir à Cova da Iria no dia 13 e que continueis a rezar o terço todos os dias. No último mês, realizarei um milagre para que todos creiam.
Lúcia pediu a cura de alguns enfermos, e Nossa Senhora respondeu que alguns seriam curados, enquanto outros precisariam aceitar o sofrimento como um caminho de purificação.
Em seguida, Nossa Senhora fez um pedido especial:
— Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores, pois muitas almas vão para o inferno por não haver quem se sacrifique e peça por elas.
Por fim, Lúcia perguntou:
– O que a Senhora deseja que se faça ao dinheiro que o povo deixa na Cova da Iria?
– Façam dois andores. Um, leva-o tu com a Jacinta e mais duas meninas, vestidas de branco; o outro, que leve o Francisco com mais três meninos. O dinheiro dos andores é para a festa de Nossa Senhora do Rosário; e o que sobrar é para a ajuda de uma capela, que hão de mandar fazer.
Após essas palavras, a Virgem Maria se elevou e desapareceu no céu. Os pastorinhos, fortalecidos pela visão, seguiram firmes na missão que lhes fora confiada, preparando-se para as próximas aparições.